A Importância dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)

Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), são as ferramentas de uso individual que garantem a proteção básica à saúde e a segurança dos funcionários. O EPI é qualquer dispositivo ou equipamento projetado para ser usado por um indivíduo quando exposto a um ou mais riscos de saúde e segurança laboral. O EPI inclui todas as roupas e outros acessórios de trabalho projetados para criar uma barreira contra os riscos no local de trabalho, e o uso do EPI requer conscientização sobre os perigos e treinamento específico para os usuários. Os funcionários devem estar cientes de que o equipamento não elimina o perigo; se o equipamento falhar, a exposição ao risco ocorrerá. Para reduzir a possibilidade de falha, o equipamento deve ser adequadamente utilizado e mantido em condições limpas e úteis.

Os funcionários são obrigados a avaliar o local de trabalho para determinar se os riscos exigem o uso de proteção para a cabeça, os olhos, o rosto, as mãos ou os pés estão presentes ou provavelmente estarão presentes. Se forem encontrados riscos ou a probabilidade de riscos, os empregadores devem selecionar os EPI adequados para a proteção contra esses perigos. Antes de realizar trabalhos que exijam o uso de EPIs, os funcionários devem ser treinados para saber quando o EPI é necessário, qual o tipo necessário, como deve ser usado e quais são suas limitações, bem como seu devido cuidado, manutenção, vida útil e disposição.

O tipo e classificação dos EPIs dependerá da região onde você mora, uma vez que cada região tem sua própria classificação para EPIs de Segurança Industrial, sendo os Americanos e Europeus os mais populares e os que servem de referência para outros países.

Os empregadores e os funcionários devem estar cientes de que devem escolher EPIs que estejam em conformidade com as regulamentações aplicáveis no lugar onde moram. Agora, se sua empresa operar em qualquer um dos países onde ainda não existe um padrão oficial para este assunto (alguns países da América Central, por exemplo) terão a opção de usar aquele que melhor lhes convier.

Dentro da prevenção de riscos ocupacionais, o risco elétrico é um dos mais complexos, não por causa da eletricidade em si, mas por causa da dificuldade em prevenir os riscos que podem surgir a partir dele, já que há muitos fatores que entram no jogo. Portanto, eliminar o risco, neste caso, eliminar a eletricidade do circuito antes de realizar qualquer atividade é fundamental.

Uma vez que o risco foi eliminado, devemos usar equipamentos de proteção individual, neste caso roupas de trabalho apropriadas para proteção contra riscos elétricos, capazes de proteger o trabalhador contra qualquer imprevisto. Dentro deste tipo de roupa incluímos o calçado de segurança, um elemento básico para qualquer trabalhador, mas, nestes casos, torna-se primordial. Devemos saber escolher o equipamento de proteção certo, uma vez que nem todo calçado protege contra esses tipos de riscos.

 

Calçado Isolante – O Dielétrico

O calçado dielétrico é o calçado destinado a proteger a pessoa que trabalha diretamente com a eletricidade, portanto, devem ter uma grande resistência elétrica para evitar que a corrente circule pelo corpo humano, ou seja, devem funcionar como isolantes de eletricidade. Os sapatos deste grupo protegem o usuário do risco de morte e, portanto, são um EPI da Categoria III.

Os testes relacionados ao padrão europeu ASTM F2412:2005 são realizados na água, pois garantem o isolamento total do usuário nas piores condições. Apenas as botas impermeáveis de borracha ou materiais poliméricos cumprem este tipo de isolamento. Ideal para eletricistas ou funcionários em risco de contato com eletricidade.

Do outro lado, fora dos regulamentos europeus, a norma americana ASTM F2412-05: 2005, que mede o isolamento que um modelo de sapato seco pode ter, é aceita como referência. O calçado é isolante através da sola graças aos componentes químicos que contribuem para a sua composição.

Botina de proteção

Figura 1 – Botina de proteção

 

Calçado Condutor ou Antiestático

Este calçado não se destina a trabalhar com eletricidade, mas deve dissipar as correntes estáticas e deve ter uma baixa resistência elétrica para estimular a corrente a circular pelo corpo humano e a se descarregar. Esse calçado é um EPI da categoria II e todos os calçados de segurança que atendem às normas EN20345: 2012 (Calçados de Segurança) e EN20347: 2013 (Calçados de Trabalho) têm propriedades condutivas e antiestáticas.

Estamos no mesmo caso de exigência de dissipação de carga, mas neste caso ainda mais extremo já que uma carga estática mínima no usuário pode afetar seu trabalho profissional (salas limpas, trabalhos com circuitos impressos, pintores de precisão evitando partículas de poeira). Neste caso a sola tem que conter doses mais altas do componente antiestático em sua composição, e o molde mais quantidade de fio condutor.

 

Capacetes

Os capacetes de segurança industrial servem para proteger ou pelo menos reduzir a gravidade dos ferimentos na cabeça e pescoço causados por:

  • Golpes e/ou perfurações por queda de ferramentas, parafusos, fragmentos de metal e outros objetos.
  • Choques contra objetos pontiagudos.
  • Golpes na cabeça pela queda do funcionário.
  • Descargas elétricas.
  • Queimaduras devido a metais fundidos, líquidos quentes ou corrosivo.

Cada tipo e classe de capacete destina-se a fornecer proteção contra condições de perigo específicas. Uma compreensão dessas condições ajudará a selecionar o capacete adequado para a situação específica. O funcionário deve ser capaz de identificar o tipo de capacete consultando as especificações do fabricante.

De acordo com as normas europeias e americanas ANSI/ISEA Z89.1-2009 e CSA Z94.1-2005 os capacetes de proteção elétrica são divididos em três categorias: Classe E, elétrica; Classe G, Geral e; Classe C, condutiva.

Capacete

Figura 2 – Capacete

  • Classe E (Elétrico): Esses capacetes são projetados para reduzir a exposição a condutores de alta tensão e oferecem proteção dielétrica de até 20.000 volts (fase a terra). Essa quantidade de proteção de tensão, no entanto, refere-se apenas à cabeça e não é uma indicação de proteção de tensão para todo o usuário. Os funcionários de serviços públicos geralmente estão expostos a ambientes de alta tensão. Anteriormente associado a uma classificação “Classe B”, os capacetes Classe ‘E’ também podem ser considerados como tendo uma classificação Classe ‘G’ (geral), pois o aumento no nível de proteção de tensão excede os padrões necessários (inferiores) do procedimento de teste da Classe ‘G’.

 

  • Classe G (Geral): Esses capacetes são projetados para reduzir a exposição a condutores de baixa tensão e oferecem proteção dielétrica de até 2.200 volts (fase a terra). Como no caso dos capacetes Classe E, essa quantidade de proteção de tensão é designada apenas para a cabeça e não leva em consideração a proteção de tensão atribuída a todo o usuário.

 

  • Classe C (Condutor): Esses capacetes diferem de suas contrapartes pois não se destinam a fornecer proteção contra o contato com condutores elétricos. Pelo contrário, os capacetes da Classe C podem incluir opções de ventilação, não apenas protegem o usuário do impacto, mas também proporcionam maior respirabilidade através de seu material condutor (por exemplo, alumínio) ou ventilação adicional.

Fonte: EA – Engenheiros Associados

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